Ao dirigir este filme Sofia Copolla foi bem específica e
exigente. Ela sabia exatamente o que queria e como queria. Ela fez até mesmo a
exigência de ser Bill Murray no papel principal. Depois de assistir a este filme,
devo agradecer a ela por ter sido tão exigente, pois foram todas essas escolhas que
permitiram que esta obra ficasse tão bela.
Desencontros internos muitas vezes
permitem um encontro entre seres com afinidade antes desconhecida. Essa
vulnerabilidade e aceitação estão cautelosamente dirigidas, interpretadas e
expostas neste filme que consegue fazer a melancolia sentir bem.

O Japão até hoje possui uma cultura considerada exótica e bem particular. Esse fato aliado com um fuso horário de quase 12 horas de
diferença proporcionam um cenário perfeito para que a história deste filme se desenrole.
Nesse lugar, isolado do mundo ocidental e das vidas originais dos personagens, pôde
ocorrer um encontro entre pessoas que imediatamente buscaram ajuda uma na
outra. Estando distantes de seus mundos, elas se permitiram aproveitar a
companhia descontraída uma da outra, imergindo na alegria que ambas se
proporcionavam.
Se os momentos que este filme retrata tivesse uma trilha
sonora, ela seria exatamente a que é tocada nele. As músicas estão excelentes e
se encaixam perfeitamente nos momentos e sentimentos retratados. Fica difícil
dissociar os momentos das músicas, pois a união de ambos retrata ainda melhor a
situação. A música aqui é parte integrante da cena, e encaixa emoções, pessoas, sentimentos
e lugar.

Esse sentimento era bom de ser sentido, e este filme
conseguiu fazer com que o expectador também o sentisse. As músicas, os diálogos,
a direção e as atuações envolvem o expectador e transportam a incompreensão, a carência,
a necessidade e a felicidade frustrada que os personagens prazerosamente sentem.
Isso tudo é recepcionado, assimilado e sentido pelo expectador, que, ao final, fica
sem querer sair de frente da tela, na esperança de que o filme continue.
perfeito
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