sábado, 1 de outubro de 2011

THE KÖLN CONCERT (Keith Jarrett, 1975)




Eu sei que provavelmente vocês já escutaram algum tipo de comentário sobre este disco, e que esse comentário foi quase com certeza um elogio. Eu sei disso, mas vou correr o risco de ser repetitivo e novamente elogiar este disco. Este álbum é bom demais para eu silenciar e deixar de dividi-lo com vocês. Eu estava tentando evitar falar deste disco por ele já ser bem conhecido e também não ser uma novidade, mas certas obras permanecem novas durante o tempo, e sua beleza é sempre bem recebida por quem as redescobre.

Keith Jarrett é um pianista americano de jazz há muito consagrado como um grande músico. Ele já tocou com Miles Davis, Charles Lloyd, Gary Peacock, Jack DeJohnette e vários outros. Seu talento é inquestionável. Sua habilidade como compositor também já está solidificada há várias décadas, por isso não é surpresa ver uma obra sua atingir um alto nível de competência. No entanto, com este álbum é um pouco diferente. Aqui, sua habilidade e competência se uniram para realizar uma apresentação memorável e passional, que, através de uma excelência musical, transmitiu belas emoções e sentimentos.

O disco traz uma apresentação de Keith Jarrett na cidade de Köln na Alemanha, em 24 de janeiro de 1975. Esta apresentação dele é solo, ou seja, é só ele e seu piano, e chega a ser impressionante o quanto, só com um instrumento, Keith Jarrett consegue encher todo o espaço com uma musicalidade tão bela, para dizer o mínimo.

Geralmente as músicas de jazz, para serem assimiladas, precisam de algum tempo até se sedimentarem e serem percebidos os detalhes que são transmitidos nelas. Muitas pessoas resistem a esse gênero exatamente por causa disso, mas, com relação a este álbum, essa resistência deve ser esquecida ao menos por um instante, para assim ser possível conhecê-lo. Acreditem, vale a pena esse esforço, pois no final ele será prezerosamente recompensado. Com isso não estou dizendo que este disco é facilmente internalizado ou que ele é de gosto simplificado, não mesmo, mas sua beleza e suavidade podem ser imediatamente captadas, agradando de imediato qualquer ouvinte, mas sua riqueza e detalhes ficam reservados para contatos futuros que só aumentarão o valor desta obra.


Não vou comentar as músicas desse disco uma a uma. Todas elas são grandiosas e conseguem transmitir uma pluralidade de sentimentos durante sua apresentação. Elas carregam uma complexidade emotiva em si, mas, como foi dito antes, é possível de imediato notar a sua beleza.

O investimento neste disco será proveitoso, pois sua beleza musical o coloca entre as grandes obras de música, especialmente de jazz. Para quem não está acostumado a escutar esse gênero ou tipo de música, concedam a vocês essa chance, a recompensa vem para todos que conseguem ouvi-lo.


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