terça-feira, 14 de setembro de 2010

ALMAS À VENDA (Cold Souls, Estados Unidos, 2009)

De forma estereotipada, o gênero ficção científica é pensado como sendo só de filmes que tratam sobre futuros distantes com carros voadores, ou títulos cuja história é passada no espaço sideral. É verdade que boa parte dos filmes desse gênero se encaixam em uma ou nessas duas descrições, mas isso não deve restringir essa classificação. O filme Cold Souls é uma hipótese de filme de ficção científica que se passa no presente e com personagens bastante reais, ainda assim não deixa de pertencer ao gênero da ficção científica.

Neste filme Paul Giamati interpreta nada menos que Paul Giamati. No filme, seu personagem está ensaiando para uma peça de teatro escrita pelo autor russo Tchekov. O peso emocional de seu personagem teatral é transbordante, e Paul Giamati se encontra sobrecarregado emocionalmente, o que o impossibilita de progredir como ator. É nessas circunstâncias que lhe recomendam visitar uma clínica especializada em extrair as almas das pessoas e guardá-las. Relutantemente, o ator dirige-se à clínica e, por fim, extrai sua alma e esta fica guardada no próprio estabelecimento. Desprovido dessa parte de seu ser, esse personagem encontra um alívio inicial. No entanto, após um certo período todos os seus relacionamentos acabam por se deteriorar tendo em vista seu comportamento estranho e inesperado. Por fim, Paul Giamati decide reincorporar sua alma a seu ser, e é aqui que ele descobre que sua alma fora contrabandeada para a Rússia. A partir de então se inicia a caravana para obter sua alma de volta.


COLD SOULS - Trailer HD Legendado

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

FOI MAL AÍ!


Caros leitores, eu fiz uma pequena modificação na postagem anterior. Ao lê-la pela segunda vez, e com um olhar diferente, eu notei que logo na introdução do comentário sobre o disco do Nick Cave eu soei um pouco prepotente. Isso é só um detalhe, mas me incomodou porque essa característica não pode ser mais contrária à minha pessoa. Eu não sei quantas pessoas leram o antigo post, mas dessa vez espero que não tenham sido muitas. :) De todo jeito, já realizei as devidas modificações e espero que agora esteja do agrado de todos.

Peço para que não parem de acompanhar as minhas postagens nem que tirem conclusões apressadas a meu respeito. Eu realmente percebi a impressão equivocada que a introdução anterior passava, tanto é que já a alterei.

Um grande abraço para todos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

HENRY’S DREAM (Nick Cave And The Bad Seeds, 1992)

Varia muito as maneiras como nos deparamos com obras que acabam alargando nossos horizontes. Muitas vezes é a pura coincidência que nos premia com essas oportunidades, outras vezes contamos com a força de outra pessoa que, conscientemente ou não, nos aconselha uma certa obra. Foi assim que investi neste disco do Nick Cave. Um amigo meu disse-me que este disco era bom e que valia a pena investigar. Apenas com essa informação comprei o disco e fiquei atordoado. No fim das contas ele é  impressionantemente excelente! 


Já na primeira ouvida do disco, Nick Cave envolve os ouvintes com o ritmo frenético das canções iniciais e os mantém hipnotizados até o fim do álbum. Essa é a primeira impressão. Depois o ouvinte fica com desejo de explorar cada música, e assim vai descobrindo mais facetas além da enérgica pressa apresentada nas canções de abertura. Por fim, descobre-se que o disco é sensível e emotivo, mas não num sentido meloso para essas palavras. Muito pelo contrário.


nick cave papa won't leave you henry live at paradiso